A mudança física em busca da saúde mental

data 22 de outubro de 2018

A psicóloga, Pâmela Lorencetti alerta: cirurgia bariátrica envolve muito mais que mudanças nos hábitos alimentares

Pesquisas tem apontado que a população mundial está acima do peso. No intuito de buscar o corpo perfeito ou mesmo melhor qualidade de vida, homens e mulheres estão mudando a forma de se alimentar, praticando mais exercícios, dietas miraculosas, dentre outros, porém existem situações em que apenas uma intervenção cirúrgica pode solucionar. Para resolver problemas referentes ao excesso de peso, as pessoas estão procurando como recurso que apresenta resultados mais rápidos a cirurgia bariátrica, mas não adianta querer fazer este tipo de cirurgia sem pensar nas mudanças. A psicóloga, Pâmela Lorencetti ressalta que é importante buscar apoio de mais profissionais para lhe auxiliar durante esse processo, já que o caminho será longo e intenso. “Qualquer intervenção que se faça exigirá atenção redobrada, pois não adianta fazer um tratamento desse porte e não se atentar ao principal cuidado, que é a mudança de comportamento, refletida na forma de encarar sua ansiedade e equilíbrio emocional”, alerta.

ffff

Ela explica que o sobrepeso é definido como uma doença que possui diversos agentes causadores, podendo ser genética, endócrina, familiar, dietética, cultural, social e principalmente psicológica. “Quando falamos da intervenção bariátrica a avaliação psicológica é essencial para o tratamento, isso porque o paciente que faz uma redução de estômago, intestino ou em outros tratamentos deste segmento necessitam mudar a forma de encarar os alimentos e seus problemas cotidianos”, diz. A maioria das pessoas que possuem problemas de ansiedade direcionam a “solução” deste para a alimentação, originando a compulsão alimentar, portanto após a cirurgia esse problema terá que ser sanado, porque o paciente não poderá se alimentar da forma que vinha fazendo de maneira alguma.

Publicidade

fran-sadsinki

O psicólogo realiza a avaliação na etapa pré operatória analisando o histórico de sobrepeso da pessoa e a sua relação com o alimento no cotidiano (se acontece em virtude de uma depressão, se é pelo prazer de comer ou mesmo pela ansiedade). “Através da aplicação de testes e questionamentos nós analisamos a saúde mental do paciente em relação aos problemas que enfrenta e como isso está relacionado à alimentação. Neste momento se inicia o tratamento em si e a busca pela mudança de comportamento do indivíduo”, esclarece Pâmela. Nessa fase há a investigação das situações psicoemocionais pertinentes à estrutura da personalidade do paciente, bem como alterações de humor, relacionamento social e pessoal, sono, e a busca pela origem da obesidade, o porquê da questão sobrepeso.

É importante que este processo de mudança seja realmente a vontade do paciente e não apenas uma imposição do meio em que vive ou questões relacionadas ao modismo, pois o comportamento do indivíduo como um todo terá que ser mudado. Compete, então, ao psicólogo avaliar o interesse do paciente em querer e estar apto para as mudanças de comportamento e forma como ele se relaciona com os problemas e a alimentação. Como em qualquer outro tratamento de emagrecimento, o paciente é o principal agente de mudança. Dependerá dele o resultado a ser obtido e ter um comprometimento no pré e pós operatório é essencial. “Após a realização da cirurgia a relação com o psicólogo continua tendo um papel fundamental, porque ele irá apresentar ao paciente quais são as restrições que ele terá que enfrentar e superar, a forma com a qual irá lidar com a alimentação, verificando e analisando também o nível de estresse, ansiedade e sinais de depressão”, destaca. Situações que terão que ser tratadas para que o sucesso seja alcançado, pois caso algum desses problemas não sejam sanados, de nada terá adiantado a intervenção cirúrgica. Este contato direto com o psicólogo minimizará os medos e inseguranças, mas é imprescindível também a continuidade do tratamento com a equipe multidisciplinar para esta etapa de evolução pessoal a qual o paciente se sujeitou a passar. “Mudanças de hábito sempre são difíceis de serem tomadas, mas não impossíveis. Competirá a quem quer fazer uma cirurgia bariátrica estar pronto para encarar este novo mundo que o espera”, aconselha.

Publicidade

clinica-agacy-e-passini-400x220

Sobre Pamela
Pâmela Lorencetti é formada em Psicologia desde 2015 pelo Grupo Uniasselvi e atualmente cursa pós-graduação em Psicopedagogia. É sócia proprietária na Clínica AME, onde atua como psicóloga clínica e trabalha com orientação profissional, avaliações psicológicas para cirurgia bariátrica e vasectomia, palestras, testes, entre outros.

Pâmela Lorencetti
Psicóloga – CRP 12/13600

Clínica AME
Rua Frederico Bartel, 225 – Centro – Jaraguá do Sul
(47) 3374-2697
(47) 99690-4847 / [email protected]

Veja também

Desenvolvido por AUIN Tecnologia